quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

BITOLA EUROPEIA NA ALTA VELOCIDADE



IP encomenda estudo para justificar a bitola ibérica na Alta Velocidade
A IP encomendou um estudo para demonstrar à Comissão Europeia as vantagens de construir a linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa em bitola ibérica.

Com a linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa já em marcha (a construção do primeiro troço, entre Porto e Oiã, foi adjudicada e as obras deverão iniciar-se no decurso do primeiro semestre de 2025), a IP lançou agora o concurso para demonstrar a Bruxelas a justeza e racionalidade da opção pela bitola ibérica, e com isso garantir a excepção ao cumprimento das regras europeias que impõem a bitola UIC.

O contrato com a consultora TIS (encomendado por 89 mil euros) contempla a realização de uma análise custo-benefício e de um estudo de interoperabilidade.

Nos documentos do procedimento, consultados pela “Lusa”, a IP recorda que os Estados-membros da União Europeia podem construir novas linhas da rede transeuropeia principal e principal alargada sem ser em bitola europeia, tendo de “pedir uma excepção temporária a este requisito suportada no resultado de uma análise custo-benefício socio - económica quanto à viabilidade da possível migração para a bitola nominal da norma europeia de 1435 mm […], incluindo na mesma uma avaliação do impacto na interoperabilidade”.

“A IP deseja recorrer a esta possibilidade no que respeita à linha AV Lisboa – Porto”, pode ler-se nos documentos do procedimento, que vertem uma opção estratégica defendida pelo anterior e pelo actual Governo.

A gestora da infra-estrutura ferroviária nacional recorda que “a nova linha foi projectada em bitola ibérica (1668 mm) contemplando deste modo a ligação ao sistema ferroviário convencional em vários pontos”.

E insiste que “os comboios de Alta Velocidade que circularão na nova linha poderão, assim, aceder, através do sistema convencional, às estações existentes localizadas no centro de Aveiro, Coimbra e Leiria, bem como servir vários destinos da rede convencional, alargando os benefícios do projecto a territórios muito para além do corredor de alta velocidade”.

Na verdade, porém, em Coimbra a Alta Velocidade usará a actual estação de Coimbra B, excêntrica à cidade, e em Leiria a estação será re-localizada na zona da Barosa, fora do centro da cidade.

De acordo com o regulamento europeu, também consultado pela “Lusa”, a avaliação agora pedida pela IP terá de estar concluída até 16 de Julho de 2026.

Ainda que a excepção à regra seja concedida pela Comissão Europeia, tal não de-sobrigará a um futura migração para a bitola europeia.

No entretanto, e como é sabido, a União Europeia já atribuiu um importante co-financiamento à nova linha, no âmbito do CEF – Transportes.

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FONTE:https://www.transportesenegocios.pt/ip-encomenda-estudo-para-justificar-a-bitola-iberica-na-alta-velocidade/


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